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5 Motivos Para Assistir O Primeiro Homem

  • Foto do escritor: Andressa Mendes
    Andressa Mendes
  • 21 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

(Reprodução/Universal Pictures)

Pensei que a indústria cinematográfica, em especial Hollywood, estaria se definhando em meio a tantas denúncias e tantos outros “remakes” de filmes. No entanto, surpreendentemente vem Mad Max: A Estrada da Fúria (2015) — um remake de fato — , mas tão singular e excelente em todos aspectos, que jamais pude imaginar três anos depois, outro filme que superaria e mostraria a perfeição visual.


O Primeiro Homem foi além do livro, escrito pelo historiador James R. Hansen, que conta a jornada do astronauta Neil Armstrong, muito além da atuação do excepcional elenco, e mais além da viagem espacial. O longa de duas horas e vinte minutos reacende o culto à sétima arte.


5 — Conquista norte-americana sem glórias


Levar o homem para pisar na lua, na verdade, fazia parte de uma corrida espacial entre Estados Unidos e URSS, porém, a União Soviética saiu na frente, ao lançar o primeiro satélite artificial: Sputnik, em 1957, e um mês depois lançaram a cachorra Laika, o primeiro ser vivo a ir ao espaço, fazendo com que os americanos investissem em grandes viagens, como a de levar astronautas até a Lua.


No entanto, como contar a biografia de Neil Armstrong sem glorificar excessivamente mais uma conquista americana? De fato, esse era o grande desafio por parte dos roteiristas. O longa mostra uma biografia como deve ser contada, sem glorificações nacionalistas, mas, sim, a história de Neil, um astronauta dedicado e capaz de superar seus desafios internos para ser o primeiro homem. Josh Singer, também roteirista de Spotlight (2015), ao escrever o roteiro decide mostrar todas as questões econômicas, políticas e sociais em que o projeto Apollo 11 se envolveu e traz uma leve crítica ao governo norte-americano perante suas escolhas.


4 — Fotografia


Assim como o roteiro, a fotografia carrega uma mensagem para o público. Linus Sandgren e Damien Chazelle, já haviam trabalhado juntos em La La Land, conquistando um Oscar e agora, repetem a ótima parceria. O maior aspecto do longa vem da direção de fotografia. Como abordar o espaço novamente?, já que foram tantos filmes com esse tema.

A primeira característica a ressaltar é que não olhamos o espaço por uma máquina, mas olhamos ele através do olhar de Neil. Os enquadramentos e os movimentos das câmeras são propositais para você sentir o que o personagem sente, não é apenas uma questão de plano geral da imagem, mas de você se conectar com o ambiente. Outro ponto positivo é como os filtros utilizados passam a sensação de estarmos realmente nos anos 60, Sandgren, faz uso constante de cores presentes no passado. É um ensaio de fotografia, transformado em matéria prima.


3 — Som


Depois de Dunkirk (2017), pensei que tinha ouvido o melhor trabalho de edição de som em minha vida, porém a sonoridade, de O Primeiro Homem, diz muito até quando o silêncio se faz presente. O trabalho em nos passar o desconforto de Neil, a textura do metal, a tensão seja dentro de avião ou de um foguete, gera múltiplas sensações.

É impecável como a capacidade sonora acompanha e eleva o nível do filme, por isso o longa funciona na época em que está, e se enquadra perfeitamente na era tecnológica: é preciso a melhor tela, com o melhor som, para não apenas ver, mas viver o momento através dos sons.


2 — Direção


Comandado por Damien Chazelle, um jovem consagrado no cinema, ele deixa seu lado mais musical, visto anteriormente em Whiplash e La La Land, mas retorna com o objetivo, mais uma vez, de contar uma história de sonhos.


Chazelle, nos mostra uma das histórias mais conhecidas com uma perspectiva diferente. O diretor transformou um símbolo americano, em um ser humano normal, ele mostrou suas fraquezas e conquistas, deu ao filme o seu próprio tempo, sem precisar deixar explícito a inteligência de Neil. A escolha dele, de transformar os olhos do personagem nos nossos, dá a sensação não de estar com Neil, mas de ser ele. O diretor também traz para a produção do filme, Steven Spielberg, um dos cineastas mais renomados do cinema.


1 — Trilha Sonora

Talvez o aspecto menos interessante, para alguns, no longa é o elemento de destaque. Composta pelo ganhador do Oscar, Justin Hurwitz, por La La Land, ele trabalha aqui, com a possibilidade de realmente ouvirmos o espaço.


Hurwitz traz uma trilha potente e expressiva, seja em solo ou não, a música, juntamente com a fotografia, direção e som, ganha vida. Ela transmite e expressa o que há em cada cena, e quando a trilha precisa ser grande, ela consegue ir além. Você convive com a família Armstrong, sente como é pilotar, você anda pela superfície junto de Neil, a trilha simplesmente arrepia, e provoca até os menos sensíveis.


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