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Ad Astra - Rumo às Estrelas

  • Foto do escritor: Andressa Mendes
    Andressa Mendes
  • 28 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

(Reprodução/Fox Filmes)

Filmes de gênero espacial nem sempre caem na graça do público. É preciso entender e gostar da narrativa para ir ao cinema assistir. A ficção científica de James Gray é um deles. O longa-metragem conta a história de Major Roy McBride (Brad Pitt) um astronauta que parte para um missão em busca do seu pai e, consequentemente, de uma solução para impedir que uma ameaça acabe com a raça humana.


O roteiro faz uso de algumas referências cinematográficas do gênero e dá ao personagem principal o mesmo tratamento visto em “O Primeiro Homem, 2018”. No entanto, a narrativa não entrega um espetáculo de ação grandioso e, sim, uma reflexão pessoal sobre nossos medos. Por priorizar visualmente e minimamente como seria embarcar em uma viagem espacial a direção mostra com realismo e precisão o que poderíamos encontrar fora do planeta Terra.

Porém, são duas horas de filme que podem ser cansativas. Quando há ação, as boas sequências dão fôlego a história lenta e construída para ser amarrada na multiplicidade de sentimentos de uma família. Major Roy é um personagem frio e pouco receptivo. Amargurado por uma relação passada com seu pai Clifford McBride (Tommy Lee Jones) astronauta desaparecido há 30 anos. Na Terra ele luta para manter a sanidade perante seu trabalho. As falas de Roy são cautelosamente escritas e transmitidas para que possamos também confrontar seu emocional. Pitt é a alma do filme. É a partir do seus pensamentos e suas ações que conseguimos criar empatia com outros personagens.


Um pouco arriscado utilizar o narrador em off, visto que, é nos primeiros minutos que nossa mente decide se a história é boa ou ruim. Mas em Ad Astra, talvez você precise investir um pouco mais de paciência. O narração parte do inconsciente de Roy como se fosse uma sessão de terapia. Ele o paciente e nós somos os psicólogos.

Pitt expressa poucas emoções e mesmo se prevalecendo do narrador é um dos seus melhores papéis em Hollywood. Para Tommy Lee Jones pouco é exigido e ele faz o possível com que pode. Outros astros como Liv Tyler, no papel de esposa, Donald Sutherland e Ruth Negga ficam na mesmo situação de Jones. Os personagens secundários servem para dar sentido ao compilado de emoções de Roy.


Ad Astra não é um longa o qual é preciso pegar os mínimos detalhes para fazer sentido. Porém, é preciso prestar a atenção para que a experiência seja mais intensa. A trilha sonora suaviza e engrandece os momentos que precisam. O CGI (Imagens geradas por computador) são bem utilizados e configura para dar um ar de realidade visual. Entretanto, o filme não é sobre como lidar com as consequências humanas e as catástrofes ambientais ou socioeconômicas. É de pai para filho. Para seguirmos em frente as vezes é preciso cortar o cordão umbilical.

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