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Cara X Cara

  • Foto do escritor: Andressa Mendes
    Andressa Mendes
  • 28 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

(Reprodução/Netflix)

Cara x Cara (Living With Yourself) parecia que iria passar batido pelo olhos dos telespectadores diante do catálogo recheado da Netflix. Parecia.


A história segue a vida de Miles Elliot (Paul Rudd) um homem cansado da vida monótona que leva e, que após a indicação de um colega de trabalho, passa por um tratamento misterioso com a esperança de mudar sua rotina. No entanto, descobre que foi substituído por um clone.

A narrativa é simples nada além da adição de alguns elementos que possam lembrar o gênero ficção. Mas a estratégia da série desde o começo não é abraçar isso como o tom do enredo e, sim, trazer o elemento em si para aprofundar as questões pessoais do personagem. A simplificação de algo complexo como a clonagem é abordada a partir da possibilidade de qualquer um pode ser o Elliot.


A astro Paul Rudd rouba as cenas diante do personagem duplo. Ao deparar-se com a possibilidade de que as suas ações criaram um caos em sua vida, ele precisa mais do que nunca organizar e colocar as coisas no mesmo lugar sem graça de antes. Elliot era um homem sem brilho, sem forças para manter seu trabalho e casamento. Diante da chegada do clone, chamado de Miles, ele tem uma segunda chance de recuperar o que foi perdido. Mesmo que isso não incluía sua presença o tempo todo. O produtor Timothy Greenberg, trabalha com os aspectos rotineiros do cotidiano de uma sociedade. Quem não gostaria de receber mais uma oportunidade para consertar as besteiras da vida?.


Porém nem tudo é esclarecido. Na série a clonagem é ilegal. Não sabemos o motivo, mas fica subentendido, já que Elliot vai há uma clínica clandestina. O roteiro não faz questão de entrar em detalhes de como é possível fazer isso. Não tem nenhum enquadramento com a câmera novo ou espetacular. Móveis futuristas, robôs ou carros voadores. É tudo orgânico e limpo. A típica vida americana contemporânea. Entretanto, os personagens recebem destaque. O verdadeiro Miles quando aparece em cena ganha constantes mais escuros de luz, bem como suas roupas sujas e alargadas. O clone é sempre sorridente e veste-se impecavelmente. Já a esposa Kate Elliot (Aisling Bea) é uma mulher empoderada e de sucesso. Mas sofre ao longo da série mudanças de humor e personalidade devido a falta de bom senso do marido.


Os atores estão ótimos em seus papéis. O maior destaque é Rudd, com o desafio de interpretar duas pessoas ao mesmo tempo atua muito bem. É possível diferenciar a personalidade de ambos e perceber o empenho do ator para com o personagem. Já a atriz Bea precisa em algumas vezes sair perder a calma e impor limites na relação com o marido. Mesmo assim demonstra atitude e graça. Living With Yourself é uma paródia da vida, que poderia ser de qualquer um de nós. Engraçada, refrescante e atemporal. Não espere encontrar mais uma comédia de passatempo e, sim algo além das expectativas.

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