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Catherine The Great

  • Foto do escritor: Andressa Mendes
    Andressa Mendes
  • 18 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

(Reprodução/HBO)

A minissérie "Catherine The Great" já te pega pelo nome. Você irá encontrar grandes palácios, riquezas e guerras. Isso não poderia faltar em uma produção que traz uma das personalidades mais marcantes do Império Russo. A Imperatriz, como é intitulada, colecionou ao longo de sua vida escândalos e admiradores. Acusada de articular um golpe contra seu marido, imperador Pedro III para assumir o trono, Catherine reinou de 25 de dezembro de 1761 a 9 de julho de 1762. Deixando um legado grandioso para seu país. Entretanto sua imagem permanece manchada.


A trama segue a longo de quatro episódios a vida da Imperatriz (Helen Mirren) e seu amante Potemkin (Jason Clarke). Além disso aborda assuntos como o fim da servidão no país, a anexação da Crimeia, e jogos políticos. Após a morte do rei, Catherine passou a manter casos amorosos, e alguns em troca de apoio. Na vida real, bem como na trama, olhamos para um rainha impetuosa, capaz de passar por cima de tudo e de todos para continuar soberana. Mas ao ver o seu romance com Potemkin, percebemos o quanto manipuladora e frágil ela foi.

Grande parte da população desejava que a Rússia continuasse sendo governada por um homem. Assim como seu filho Paulo (Joseph Quinn). Atormentado pela morte do pai e incapaz de amar a mulher que lhe deu vida, o jovem príncipe sonhava com vingança. E nada era fictício, já que membros do próprio parlamento o apoiavam.


O roteiro escrito por Nigel Williams faz um recorte fiel dos anos da vida da rainha como imperatriz. O grande pano de fundo eram seus romances tempestuosos e as complicações que isso causou. Sem esquecer do embargo político e nacionalista que o país vivia. O nome “The Great” não é por acaso. Mesmo tendo cometido um crime, seu reinado foi próspero.

Helen Mirren brilha em qualquer papel, e mais uma vez mostra que a diferença de idade entre ela e a rainha naquela época é pura bobagem e implicância. Clarke é um ator versátil e sabe extrair do papel a fórmula para um bom personagem. Os personagens secundários como Rory Kinnear (Nikita Panin) como Ministro, Condessa Praskovya Bruce (Gina Mckee) como amiga íntima e Alexei Orlov (Kevin R. McNally) Ministro de Guerra são figuras pouco marcantes, mas importantes para o contexto da história.


A precisão de como é detalhado o design de produção é como lembrar da orquestra comandada pelas mãos do músico Rupert Gregson-Williams, que traz sua experiência e sutileza para a produção. O diretor Philip Martin abordou uma história complexa com uma visão “simplificada” da época. O grande feito do roteiro não foi acrescentar mais drama a tragédia. Foi apenas contar o que aconteceu neste período e amenizar de certo modo a imagem degradada que a imperatriz deixou. Porém, esse realismo pede para que o público tenha conhecimento prévio antes de embarcar neste mundo.

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