top of page

Convenção das Bruxas (2020)

  • Foto do escritor: Andressa Mendes
    Andressa Mendes
  • 24 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Divulgação: Warner Bros

Baseado no romance escrito por Roald Dahl, Convenção das Bruxas teve sua primeira e bem sucedida versão lançada em 1990. Já em 2020, o remake foi uma maneira desesperadora e desnecessária para tornar relevante uma história que ainda era lembrada.


O menino Bruno (Jahzir Bruno) perde seus pais, passa a morar com sua avó (Octavia Spencer) e acaba cruzando o caminho de bruxas. Então, ele é transformado em rato durante uma conferência. Junto com seus novos amigos, ele precisa deter o plano diabólico dessas figuras, que querem exterminar todas as crianças do mundo.


Dirigido por Robert Zemeckis, do filme “De Volta para o Futuro”, e produzido por grandes nomes como, Guilherme del Toro e Alfonso Cuarón, a nova adaptação é um erro constante. O filme é narrado pelo Bruno já mais velho, contando suas aventuras do passado. Diferente de 1990, aqui falta carisma do personagem. A narrativa começa envolvente, nos mostrando o fortalecimento da união entre neto e avó, porém, a partir do momento em que suas vidas cruzam com a primeira bruxa, tudo se transforma em um show de terror e de efeitos visuais mal realizados. O elo de experiência e segurança é atrelado à figura materna da avó, que mostra dominar o assunto sobre essas criaturas bizarras. Uma construção convincente, já que ela tem um papel decisivo para o longa. Contudo, o problema está na atuação frágil do ator mirim Jahzir Bruno. Não sentimos nada, nem tristeza ou aflição vindo dele. Essa condição se torna mais marcante quando Bruno passa a ser um rato, o que altera sua personalidade de maneira grotesca, e ele passa ser a pessoa mais comunicativa e inteligente do mundo.

No entanto, o maior problema é a quantidade de atores subaproveitados que padecem pela falta de um roteiro. A atriz Anne Hathaway ocupa o lugar da magnífica Anjelica Huston. Ainda assim, a nova versão da Grande Bruxa não assusta ninguém. A personagem carrega um sotaque estranho, que oscila de tom em todas as cenas. Nem mesmo a maestria de Hathaway conseguiu salvar sua personagem. É interessante frisar que temos uma mudança significativa em relação à primeira produção em que a caracterização das bruxas foi feita com efeitos práticos. Algo incrível, que fazia até mesmo os adultos revirarem seus olhos. Hoje, o CGI tomou conta, tudo o que precisa fazer é arregalar os olhos e deixar os técnicos fazerem o resto. Uma pena, falta verdade em suas atitudes. Infelizmente para o ator Stanley Tucci, que dá vida ao Sr. Stringer, gerente do hotel, também fica evidente que boas peças foram utilizadas apenas por diversão. A maneira como retratam as bruxas foi construída de forma equivocada, há convergência entre a possibilidade real de serem seres assustadores e a maneira prática de adicionar camadas superficiais utilizando recursos financeiros.


Nem tudo é ruim, a amizade entre os amigos ratinhos e o senso de proximidade entre eles é uma marca forte da narrativa. Embora sejam feitos virtualmente, ainda há verdade no que olhamos. A nova Convenção das Bruxas é muito parecido com o seu anterior e se mantém fiel ao seu público alvo, as crianças. Mas é mais um filme mediano para acrescentar na lista.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comments


© 2021 por Andressa Mendes. Criado com Wix.com

  • Facebook - Black Circle
  • Instagram - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
bottom of page